A autenticação biométrica tem se tornado cada vez mais presente no dia a dia, oferecendo mais conveniência e segurança em comparação às senhas tradicionais. No entanto, a ampla adoção dessa tecnologia também levanta preocupações sobre privacidade e a proteção dos dados biométricos.
Recentemente, a coleta de dados de íris realizada pela startup Tools for Humanity gerou polêmica. A empresa oferecia criptomoedas em troca do registro da íris dos usuários, tendo cadastrado mais de 400 mil pessoas em pontos de atendimento na cidade de São Paulo. Até então, cada participante recebia aproximadamente R$ 600 em criptomoedas, conforme a cotação mais recente.
Como resposta, a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) determinou a suspensão da oferta de criptomoedas em troca do registro biométrico, reforçando a preocupação com a coleta e o uso desses dados.
De acordo com o Comitê Gestor da Internet no Brasil, mais de 60% dos brasileiros têm receios sobre o compartilhamento de suas informações pessoais, especialmente quando envolvem tecnologias que capturam características únicas, como a íris.
Neste artigo, exploramos como a autenticação biométrica funciona, quais são os mecanismos de proteção dos dados e quais medidas você pode adotar para garantir mais segurança ao utilizá-la.
O que é autenticação biométrica?
A autenticação biométrica é um método de verificação de identidade baseado em características físicas ou comportamentais exclusivas de cada indivíduo. Os principais exemplos incluem:
- Reconhecimento facial;
- Impressões digitais;
- Reconhecimento de íris;
- Análise de padrão de voz;
- Identificação por padrão de digitação.
Essas características são praticamente impossíveis de duplicar, tornando a biometria um dos métodos de autenticação mais seguros disponíveis.
Diferentemente das senhas, as informações biométricas não podem ser esquecidas ou facilmente compartilhadas.
Como funciona a autenticação biométrica?
O processo segue três etapas principais:
- Coleta de Dados: um dispositivo (como um sensor de impressão digital ou câmera) capta a característica biométrica do usuário;
- Conversão em Dados Digitais: a informação capturada é convertida em um modelo matemático exclusivo;
- Verificação: o modelo gerado é comparado com os dados previamente armazenados para autorizar ou negar o acesso.
A biometria é amplamente utilizada em dispositivos móveis, bancos, empresas de tecnologia e órgãos governamentais para garantir a segurança e evitar fraudes.
De acordo com um relatório de tendências de 2025, a biometria está entre as prioridades na segurança digital, já que fraudes relacionadas a senhas tradicionais têm se tornado cada vez mais comuns.
A importância da proteção dos dados biométricos
Embora a biometria seja mais segura do que senhas tradicionais, a proteção desses dados é crítica, porque, ao contrário das senhas, dados biométricos não podem ser alterados caso sejam comprometidos.
Empresas que lidam com esses dados devem adotar boas práticas, como:
- Criptografia Avançada: converter as informações biométricas em códigos matemáticos complexos para impedir acessos indevidos;
- Tokenização: substituir os dados reais por tokens digitais que só podem ser decifrados com uma chave de segurança;
- Conformidade com Regulações: seguir normas rigorosas da LGPD e do Código de Defesa do Consumidor.
Autenticação biométrica: necessidade de proteção contínua
A autenticação biométrica representa um avanço significativo na segurança digital, oferecendo maior praticidade e proteção contra fraudes. No entanto, os desafios relacionados à privacidade e ao armazenamento seguro dos dados biométricos exigem atenção contínua por parte de empresas e usuários.
A ISH, referência em cibersegurança, destaca a importância de manter-se informado sobre as melhores práticas para proteger seus dados biométricos e digitais. Saiba mais sobre segurança digital e como se proteger acompanhando nossas redes sociais.