O futuro da cibersegurança: 12 tendências e riscos para 2025 e além 

A segurança cibernética nunca foi tão essencial quanto no cenário atual. À medida que avançamos neste novo ano, novas ameaças emergem, acompanhadas de inovações tecnológicas que prometem revolucionar a maneira como protegemos nossos dados e sistemas.  

Em 2024, os cibercriminosos não deram trégua para as organizações. Os grupos setorizaram seus ataques, e o mais temido Ransomware, continuou com força dando muita ênfase em setores que antes não eram o foco, como educação e saúde.  

Foi um ano também em que os holofotes focaram na Inteligência Artificial, e em tecnologias de XDR para combate as ameaças cibernéticas. No entanto, ao mesmo tempo em que oferecem oportunidades, também oferecem muitos desafios.

2024 foi o ano em que o foco veio forte para
tecnologias como Inteligência Artificial.

A inovação segue sendo nossa maior aliada, mas é também uma ferramenta poderosa nas mãos de adversários. Em 2025, com o surgimento de novas tecnologias, esse cenário não será diferente.

Neste artigo, vamos explorar as 12 principais tendências e previsões para este ano, destacando os desafios e oportunidades que moldarão o futuro da cibersegurança.

1. Cibersegurança no conselho de administração

A cibersegurança deixou de ser um problema apenas da área de TI. Em 2025, as grandes corporações devem contar com especialistas de cibersegurança nos conselhos de administração.

Conselhos de administração sem expertise em cibersegurança correm o risco de subestimar ameaças, alocando recursos insuficientes para proteção. A falta de envolvimento estratégico pode resultar em violações que afetam gravemente a reputação e a estabilidade de empresas, além de enfraquecer sua posição no mercado.

A cibersegurança deixou de ser um problema apenas da área de TI e deve contar com especialistas nos conselhos de administração das empresas.

2. Governança da Inteligência Artificial na cibersegurança

A inteligência artificial está transformando a cibersegurança. Em 2024, a IA Generativa foi uma das principais tendências para melhorar o desempenho das ferramentas de segurança cibernética. Em 2025, não será diferente.

Essa tecnologia segue em destaque tanto pelos seus benefícios, como a detecção de ameaças com precisão impressionante, como também pelos riscos quando explorada por cibercriminosos. Sem governança adequada, invasores podem usar IA para criar ataques automatizados e malwares adaptativos, que se ajustam dinamicamente às defesas.

Além disso, o uso irresponsável de IA por organizações pode levar a vieses prejudiciais e até violações de privacidade, resultando em penalidades legais e perda de confiança pública. Com isso, o foco neste ano (e nos próximos), deve ser em garantir que a ética e cuidados mínimos necessários com as informações processadas por essa tecnologia.

3. Ameaças cibernéticas impulsionadas por IA

Com o avanço da inteligência artificial e o uso indevido de suas tecnologias, surge a necessidade de evoluir também nas estratégias de defesa. Isso inclui o uso da própria IA para combater ameaças sofisticadas, como deepfakes (personagens falsos criados por IA que simulam pessoas reais) e ataques de phishing direcionados (spear phishing), que dificultam ainda mais sua detecção.

Esses desafios têm contribuído para o aumento dos casos de fraudes financeiras e ataques de sequestro de dados, como o ransomware. Segundo dados da Interpol, essa modalidade criminosa continuará em destaque em 2025, devido à facilidade de recrutar agentes maliciosos e de receber os valores exigidos pelos resgates por meio de criptomoedas.

A Inteligência Artificial será utilizada no combate contra ameaças sofisticadas,
como o deepfake
.

4. Expansão da Blockchain

A tecnologia blockchain, originalmente criada para dar suporte às moedas virtuais, ganhará ainda mais destaque em 2025, com a ampliação de seu uso para áreas além do setor financeiro. Seu objetivo será aprimorar a confiabilidade nas trocas de informações, aumentar a agilidade no acesso a dados e promover maior transparência nos negócios.

Entre as tendências, destaca-se sua aplicação no setor de saúde, para viabilizar a troca segura de prontuários médicos, e na educação, para combater falsificações de diplomas, além de muitas outras possibilidades.

Com essa expansão de aplicações, profissionais especializados em blockchain, especialmente na área de cibersegurança, serão altamente demandados. Eles terão a responsabilidade de garantir a segurança dos sistemas que suportam contratos inteligentes e de proteger essas redes descentralizadas contra possíveis ameaças.

5. Aumento de ataques de ransomware

Os ataques de ransomware evoluíram para alvos mais críticos, como empresas de infraestrutura e governos. A escala e o impacto financeiro desses ataques são sem precedentes, podendo paralisar completamente operações essenciais, colocando vidas em risco em setores como saúde e transporte.

Além disso, os custos de resgate e recuperação de dados tendem a crescer ainda mais, impactando financeiramente tanto pequenas empresas quanto grandes corporações. A perda de dados críticos pode afetar diretamente a produtividade e a sustentabilidade de organizações globais.

Os custos de resgate e recuperação de dados
tendem a crescer ainda mais em 2025.

6. Escassez de profissionais em segurança cibernética

Com uma lacuna projetada de 3,5 milhões de especialistas em segurança cibernética até 2025, organizações enfrentam dificuldades para atrair e reter talentos essenciais.

A falta de especialistas sobrecarrega equipes existentes, levando a erros humanos e vulnerabilidades não resolvidas. Empresas com equipes de segurança insuficientes enfrentam tempos de resposta mais lentos a incidentes, expondo-se a violações maiores.

Além disso, a competição por talentos eleva os custos de contratação, impactando orçamentos operacionais e reduzindo recursos para investimentos em tecnologias inovadoras.

7. Dispositivos IoT e a expansão da superfície de ataque

Com mais de 27 bilhões de dispositivos IoT projetados para estar em operação globalmente até 2025, muitos com segurança inadequada, a superfície de ataque se expande exponencialmente. Dispositivos comprometidos podem se tornar portas de entrada para ataques maiores, ameaçando redes inteiras e causando impactos graves, especialmente em infraestruturas críticas como energia e transporte. Empresas que negligenciarem a proteção desses ativos estarão sujeitas a sérias perdas financeiras e operacionais.

As tecnologias operacionais (OT), amplamente utilizadas na indústria, também dependem de dispositivos IoT para suas funções essenciais. A crescente presença desses dispositivos nas indústrias, assim como nos lares, exige um cuidado especial em cibersegurança para evitar vulnerabilidades que possam comprometer operações cruciais.

Dispositivos IoT desprotegidos são frequentemente usados para formar botnets, empregadas em ataques de negação de serviço (DoS/DDoS). Com o avanço da inteligência artificial e a expansão do uso do IoT, essa tecnologia não só se tornará uma tendência em 2025, mas também um alvo prioritário para cibercriminosos, reforçando a necessidade de medidas robustas de proteção.

8. Sistemas autônomos (Robótica)

Os sistemas autônomos (robótica) se destacam em 2025 como um dos principais utilizadores das informações geradas pelos dispositivos IoT. Essas tecnologias estão impulsionando a transformação de diversos setores, como veículos autônomos para transporte de passageiros, robôs para gerenciamento de armazéns logísticos, automação em processos agrícolas (plantio, irrigação e colheita) e linhas de produção.

Mas com o avanço dessa tecnologia, surgem riscos significativos, especialmente no âmbito cibernético. A proteção contra o controle remoto não autorizado, a segurança dos dados coletados pelos sensores, a privacidade das informações e os riscos à segurança pessoal são questões fundamentais a serem enfrentadas.

Embora ainda seja uma incógnita, a crescente adoção desses sistemas e seus benefícios exigem uma abordagem cautelosa, porque os riscos não podem ser ignorados. Garantir a segurança desses sistemas será um dos maiores desafios para o próximo ano.

Sistemas autônomos vão continuar impulsionando a transformação em diversos setores,
como veículos autônomos para transporte de passageiros.

9. Automação e orquestração de segurança

Com o aumento no volume e na sofisticação dos ataques, ferramentas de automação se tornam indispensáveis para detectar, responder e mitigar ameaças em tempo real.

Sem automação, empresas enfrentam atrasos significativos na identificação de ataques, permitindo que cibercriminosos causem mais danos. A falta de orquestração também dificulta a coordenação de respostas a incidentes, levando a falhas em conter ameaças em ambientes de alta complexidade.

O resultado é uma maior vulnerabilidade a perdas financeiras, dados comprometidos e danos à reputação.

10. Arquitetura de Confiança Zero (Zero Trust)

A Arquitetura de Confiança Zero é uma abordagem que prioriza a verificação contínua e o controle de acesso baseado em privilégios mínimos, garantindo que cada interação dentro da rede seja autorizada e segura. Esse modelo oferece uma proteção robusta para ambientes complexos e dinâmicos.

A implementação do modelo Zero Trust aumenta a capacidade das organizações de proteger informações sensíveis e mitigar riscos relacionados a movimentos não autorizados em suas redes. Além disso, fortalece a confiança de clientes e parceiros, demonstrando um compromisso com a segurança e a integridade das operações.

11. Segurança em redes de alta velocidade (5G e 6G)

Em 2025, a segurança em redes de alta velocidade (5G e 6G) se destaca como um tema crucial, dado seu potencial impacto. As redes 5G já são uma realidade, e o 6G avança rapidamente, especialmente com o uso de dispositivos IoT e autônomos.

Essas redes oferecem alta velocidade e baixa latência, essenciais para a comunicação eficiente desses dispositivos. No entanto, elas também se tornam alvos atraentes para ataques cibernéticos, que podem ter como objetivo a disrupção das operações, o roubo de dados (como na espionagem industrial) ou até o controle dos dispositivos para ataques posteriores.

Mitigar as vulnerabilidades associadas a esses dispositivos e proteger as infraestruturas críticas conectadas a essas redes será fundamental. Operadores dessas redes enfrentarão o desafio de construir defesas resilientes, capazes de suportar altos volumes de tráfego e prevenir falhas que possam comprometer a segurança e a eficiência das operações.

As redes 5G já são uma realidade, e o 6G avança rapidamente,
especialmente com o uso de dispositivos IoT e autônomos.

12. Security by Design (Segurança por Design)

Security by Design, ou segurança por design, é um conceito de segurança proativa que considera a proteção de um software ou hardware desde o início do seu desenvolvimento. Essa abordagem deve ser o ponto de partida na criação de qualquer tecnologia.

Com os avanços constantes, tanto das inovações tecnológicas quanto das ameaças que buscam explorá-las, é essencial priorizar proteção, disponibilidade, confidencialidade e integridade desde o início.

A segurança por design não apenas mantém as tendências tecnológicas em alta, mas também protege os usuários contra potenciais ameaças e riscos associados.

Preparando-se para 2025 na cibersegurança

Em 2025, as tendências de cibersegurança estarão focadas na proteção de tecnologias emergentes, como IoT, redes 5G e 6G, e sistemas autônomos. O aumento de dispositivos IoT vai expandir a superfície de ataque, tornando essas tecnologias alvos principais de ataques cibernéticos. As redes de alta velocidade, essenciais para dispositivos IoT e sistemas autônomos, também serão vulneráveis a ataques com foco na interrupção de operações e o roubo de dados.

A adoção de sistemas autônomos, como robôs e veículos autônomos, vai trazer desafios adicionais em segurança, incluindo riscos como o controle remoto não autorizado e a manipulação de dados sensíveis.

Todas essas tendências de cibersegurança exigem uma vigilância constante e a implementação de estratégias inovadoras para mitigar riscos, garantindo a proteção das infraestruturas críticas e a continuidade das operações em um ambiente cada vez mais conectado.

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