Mês da Cibersegurança: o alerta que o Brasil não pode ignorar mais

O país registrou 314,8 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no 1º semestre de 2025.

Outubro marca o Mês da Cibersegurança, marco criado para reforçar a importância da prevenção digital em todo o mundo. Mas, no Brasil, a conscientização não é mais suficiente.

O país registrou 314,8 bilhões de tentativas de ciberataques apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Heimdall, time de Inteligência  da ISH . Esse número coloca o Brasil entre os principais alvos da América Latina, com tendência de alta para o segundo semestre.

O risco cibernético cresceu, os ataques estão mais complexos e, ao mesmo tempo, as defesas continuam desiguais. A maioria das organizações brasileiras ainda opera com soluções fragmentadas, infraestrutura defasada e baixa integração entre áreas técnicas e estratégicas.

É o terreno ideal para um ataque e o retrato de uma cultura que ainda reage ao problema, em vez de antecipá-lo.

Um problema que não é mais técnico, é estrutural

Os números revelam que o risco digital no Brasil transcende o ambiente de TI. Ele impacta cadeias produtivas, sistemas financeiros, governos e serviços essenciais, afetando a economia e a confiança pública.

No segundo trimestre de 2025, o Heimdall mapeou os setores mais atingidos:

  • Finanças e Seguros
  • Serviços
  • Indústria
  • Governo

A diversidade desses segmentos mostra que o ataque não segue um padrão único: ele explora interdependências. Uma vulnerabilidade em um fornecedor pode comprometer uma rede inteira. Uma falha em um servidor de e-mail pode se tornar o vetor de um ransomware que paralisa hospitais e prefeituras inteiras.

No mesmo período, os grupos Akira, Rhysida e Inc intensificaram campanhas no país, usando técnicas de dupla extorsão e movimentação lateral dentro das redes. Para o atacante, não importa o tamanho da empresa, mas a fragilidade de suas conexões.

O custo invisível da fragmentação

Ferramentas isoladas criam uma ilusão de segurança. Quando cada camada opera de forma independente — sem integração, telemetria cruzada ou correlação de alertas — o resultado é o oposto do esperado: mais ruído, menos controle.

Em muitos incidentes investigados pelo Heimdall, a causa raiz não foi a falta de solução, mas a falta de visibilidade unificada. Os analistas simplesmente não viram o ataque acontecer, porque os sinais estavam espalhados entre diferentes consoles, relatórios e ferramentas sem comunicação.

A consequência é mensurável: empresas com baixa integração entre seus controles de segurança levam, em média, 41% mais tempo para detectar e conter uma violação, segundo dados internacionais.

E, quanto maior o tempo de exposição, maior o custo. O IBM Cost of a Data Breach 2024 estima que o prejuízo médio no Brasil já ultrapassa R$ 7,19 milhões por incidente.

O fator humano: a brecha que não se fecha

Mesmo com o avanço tecnológico, o elo humano continua sendo o ponto mais explorado. Campanhas de phishing sofisticadas, engenharia social e manipulação de identidades seguem entre os vetores mais eficazes.

Em 2025, mais de 95% dos ataques bem-sucedidos envolveram erro humano; um clique indevido, uma credencial fraca, um processo mal definido. A ISH alerta que a conscientização tradicional, baseada apenas em campanhas anuais, não é suficiente.
O comportamento seguro precisa ser cultivado e mantido como cultura organizacional. Programas de capacitação contínua, simulações realistas e métricas de engajamento são parte essencial da defesa moderna.

Porque no ataque real, o elo mais vulnerável é sempre o menos preparado.

Pressão regulatória e exposição crescente

A maturidade digital das empresas brasileiras também passou a ser cobrada em outras frentes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), os normativos do Banco Central e as diretrizes de governança corporativa agora exigem bem mais do que conformidade documental, exigem rastreabilidade, transparência e resposta estruturada.

Em um contexto em que cada segundo de downtime impacta receita e reputação, conformidade parcial é o novo ponto cego. Não basta ter políticas, é preciso provar que elas funcionam.

Auditorias, frameworks como NIST, ISO 27001 e MITRE ATT&CK, e planos de continuidade bem testados são parte da maturidade que o mercado — e o regulador — esperam ver.

O risco de não enxergar o todo

A tecnologia nunca foi tão abundante. Mas, paradoxalmente, nunca foi tão fácil perder o controle. Empresas acumulam dashboards, logs e alertas, no entanto, continuam sem saber o que realmente está acontecendo.

 Esse excesso de informação sem correlação cria a chamada fadiga cibernética: times exaustos, decisões atrasadas e respostas ineficazes. É nesse cenário que a ISH defende um conceito essencial: segurança como ecossistema. Um modelo integrado, com arquitetura inteligente, automação e visibilidade centralizada.

Em cibersegurança, o que não é visto, não pode ser protegido.

Da visibilidade à resiliência

O ISH Vision, plataforma de cibersegurança desenvolvida pela ISH Tecnologia, foi criado para responder a essa nova realidade. Mais do que uma solução, ele representa uma abordagem estratégica de segurança integrada, com:

  • Visibilidade completa dos ativos digitais,
  • Monitoramento contínuo e análise de comportamento,
  • Resposta a incidentes com inteligência e agilidade,
  • Integração nativa com ferramentas corporativas existentes,
  • Capacidade de evolução conforme o crescimento do negócio.

Com isso, as organizações deixam de reagir ao risco e passam a antecipar ameaças, reduzindo custos e fortalecendo a confiança digital.

Além da prevenção, uma questão de continuidade

O Mês da Cibersegurança não é sobre campanhas de conscientização. É sobre maturidade. E maturidade, hoje, significa transformar segurança em parte da estratégia de negócios.

As empresas que entendem isso vão além de apenas sobreviver a ataques, elas crescem com segurança. Resiliência digital não se compra: se constrói, todos os dias, com visão, dados e decisões embasadas.

A ISH apoia empresas de todos os setores na construção de uma estratégia de segurança sólida, integrada e orientada por inteligência.

Fale com nossos especialistas e veja como fortalecer a resiliência digital do seu negócio.