Atenção ao risco digital: por que o setor aéreo precisa olhar para a cibersegurança com foco estratégico 

Casos no Brasil e na Europa mostram como uma falha em um único sistema pode paralisar aeroportos inteiros

O setor aéreo está cada vez mais vulnerável a falhas cibernéticas que podem comprometer a continuidade das operações. Casos recentes que atingiram aeroportos no Brasil e no exterior mostram que nenhuma companhia está imune. 

Neste ano, um ataque de ransomware paralisou aeroportos em Bruxelas, Berlim e Londres. A invasão começou em um fornecedor terceirizado e se espalhou por sistemas interligados, interrompendo serviços por mais de 48 horas.  

E agora, em novembro, uma instabilidade global no sistema de distribuição SABRE, utilizado por diversas companhias aéreas, provocou atrasos e cancelamentos em múltiplos aeroportos, incluindo o Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo.  

Embora tenha sido um caso pontual, ele serve como importante alerta: quando check-in, despacho de bagagens, embarque e demais operações dependem de uma única plataforma ou de fornecedores terceirizados, uma falha ou invasão pode gerar efeito dominó e paralisar toda a cadeia operacional. 

A ISH destaca que o cenário vai além do setor aéreo. “Quando falhamos em observar que cada elo da cadeia, sejam fornecedores, APIs ou sistemas de integração, representa um vetor de entrada, abrimos a porta para ransomware, vazamento de dados e interrupção de operações”, afirma Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH. 

Os riscos que merecem atenção

  • Ransomware em módulos essenciais, como check-in ou despacho de bagagens. 
  • Ataques direcionados à cadeia de fornecedores (third-party risk). 
  • Credenciais comprometidas ou APIs sem segurança robusta. 
  • Vazamentos de informações sensíveis de passageiros ou empresas aéreas. 

Em um ambiente corporativo altamente digitalizado, a segurança não pode mais ser vista como item “extra”. Ela deve estar no centro da estratégia de continuidade operacional. Segundo a ISH, os pilares dessa nova abordagem são: 

  • Monitoramento contínuo com inteligência de ameaças. 
  • Gestão de vulnerabilidades e correções rápidas. 
  • Ferramentas de detecção e resposta (EDR/XDR) que identifiquem movimento lateral. 
  • Controle de acesso com autenticação multifator. 
  • Planos de continuidade validados regularmente. 

Para a ISH, o plano das organizações deve contemplar não apenas crescimento e eficiência, mas sobretudo resiliência digital — um ambiente onde prevenção, visibilidade e resposta formam a base para suportar operações que não podem parar. 

Entre em contato com os especialistas da ISH e saiba como implementar uma estratégia de segurança que garanta visibilidade, prevenção e resposta em tempo real.